quinta-feira, 22 de novembro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Qual o melhor formato HDV? O 720p ou o 1080i?
Ambos têm o formato panorâmico 16:9.
O formato 720p refere-se a uma grelha de compressão de 1280x720 pixeis, com um quadro completo em cada imagem “formato progressivo”. Não tem entrelaçamento ou meias-imagens. A frequência de varrimento pode variar, sendo as mais comuns, 24ips, 25ips e 50 ips. As 24ips são as que mais se assemelham com a cadência cinematográfica. Por ser progressivo, é possível retirar uma imagem com qualidade considerável a partir de uma gravação vídeo, bem como fazer pausas ou congelamento de imagens sem cintilação.
Ao falar em 1080i referimo-nos a imagens compostas por 1920x1080 pixeis com 50 quadros entrelaçados por segundo. Isto significa verdadeiramente 25 imagens completas de 1920x1080 pixeis por segundo constituídas, cada uma, por duas meias-imagens. Cada quadro é constituído por metade das linhas de resolução de um quadro completo, divididas entre as linhas pares e linhas ímpares. Embora cada duas meias-imagens sejam vistas pelo olho humano como uma só imagem, diferem temporalmente 1/50 de segundo.
Qual é o melhor? À primeira vista, o 1080i tem uma maior resolução e deverá permitir um melhor detalhe. O “truque” do entrelaçamento tem sido utilizado com sucesso desde o aparecimento dos sistemas SD (definição padrão) PAL e NTSC nos anos 50. Hoje, a largura de banda não é tão limitada podendo transportar mais informação vídeo, que resulta em mais detalhe e resolução.
No entanto, devido ao entrelaçamento de duas meias-imagens, espaçadas no tempo 1/50 segundos, os objectos gravados com movimentos rápidos parecem desfocados ou com fantasma quando se faz uma pausa ou se retira uma imagem a partir do vídeo. Devido à alta resolução, as imagens tem grande detalhe e suavidade, quando visionadas normalmente.
Para retirar uma imagem estática é melhor o sistema progressivo.
A conversão entre o 1080i e o 720p é possível, mas não é perfeita, particularmente quando temos imagens com movimentos rápidos. Uma vez que a resolução 1080i é maior, ou perdemos informação vídeo, ou temos de interpolar para criar informação vídeo que não existe, perdendo detalhe.
Por estas razões, as estações televisivas tenderão a utilizar diferentes formatos HDTV. Estações temáticas de cariz desportivo devem preferir o 720p (1280x720/50p), enquanto estações que utilizem conteúdos de cinema devem ir para o 1080i (1920x1080/50i), enquanto não estiver disponível o 1080p (1920x1080/50p). Fig. 2: Imagem SDTV e HDTV
Outras limitações a ter em conta, são os dispositivos de visionamento HD (alta-definição). Por exemplo, um monitor nativo WXGA 1280x768, não exibe a verdadeira resolução do 1080i, antes faz uma conversão que reduz de 1920x1080 para 1280x768.
É importante lembrar que muitas vezes julgamos os resultados baseados no que vemos de acordo com a tecnologia de visionamento disponível. Uma gravação efectuada em 1080i não é vista em toda a sua qualidade em todos os dispositivos HDTV, mas a qualidade está lá e sempre dá melhores resultados que a tecnologia padrão actual, bem como o registo pode vir a ser utilizado mais tarde em tecnologia HD compatível.
Resumindo, a gravação a 720p (1280x720) tem o seu auge na gravação de actividades desportivas onde existam muitas imagens de alta velocidade, quando é necessário pausar e examinar imagem a imagem, extrair imagens fixas a partir do vídeo, ou fazer câmaras-lentas, por exemplo. Tanto mais se estiver disponível a 50p, nem tanto a 25p. Como vantagem adicional, os formatos “p”, progressivos, podem com facilidade ser transferidos para 24ips.
A maior resolução HD actual, 1080i, com 1920x1080, é a preferencial para “vistas” (paisagem ou imagens estáticas) e gravação de imagens em movimento em que a câmara-lenta ou o visionamento de imagem por imagem não são prioridade. Em geral, para as situações mais comuns o 1080i parece a melhor solução. Transferir uma película cinematográfica para 1080i é simples, mas o inverso é mais complicado.
Independentemente do formato HD utilizado, a qualidade final é sempre superior aos formatos SD.
Baseado em: http://www.sonyhdvinfo.com/article.php?filename=1080i-vs.-720p, por: Kerr Cook, em: 12.Out.07.
High Definition vs Standard Definition
O DV NTSC tem uma grelha de 720x480 pixeis com 29.97 imagens por segundo enquanto o DV PAL tem 720x576 pixeis em 25fps. Estas são entrelaçadas assim, na realidade existem acerca 60 meias imagens por segundo para NTSC e 50 para PAL. Comummente designa-se o DV NTSC como 480i ou, 480/60i que disponibiliza 480 pixeis verticalmente (480 linhas de varrimento que na realidade transportam informação visual total de 525 linhas) entrelaçadas em 60 meios-campos (60 metades de imagem por segundo). Designa-se o DV PAL como 576i ou, 576/50i que tem 576 linhas verticais com informação visual de 625 linhas entrelaçadas em 50 meios-campos. Estas especificações digitais são utilizadas em “camcorders” que gravem MiniDV, Digital8 e DVD, e em leitores-gravadores de DVD. Todos os sistemas acima referidos tem uma relação de 4:3 (até há pouco tempo o único formato televisivo). Os formatos panorâmicos estão a ganhar terreno e apresentam-se maioritariamente com uma relação de 16:9.
O ecrã panorâmico ou, “widescreen” SD DV é a implementação do 16.9 em vídeo. Na realidade trata-se de um truque e não de um aumento efectivo de pixeis. A quantidade de pixeis é a mesma (varia de norma para norma) sendo cada pixel mais largo, isto é, não são quadrados mas rectangulares, dando assim um quadro mais largo que o anterior sistema.
O HD (“High Defenition”/Alta Definição) é o aperfeiçoamento dos antigos sistemas. Não existe só um, mas vários formatos HD. Actualmente temos dois formatos mais comuns o 1080i (1920x1080 ou 1440x1080 entrelaçados) e o 720p (1260x720 progressivo). Ambos são superiores ao SD ao nível das cores e resoluções (brilho e contraste). Tendencialmente, com a evolução tecnológica chegará ao mercado de consumo o 1080p, ou seja o “Full HD” com 1920x1080 pixeis em formato progressivo (um verdadeiro quadro e não dois meios quadros). Os formatos progressivos são melhores na maioria das situações, e principalmente, em imagens de movimentos rápidos, em câmaras-lentas, em captura de imagens fixas a partir do vídeo.
Em HD as frequências de varrimento são variáveis. Para o 720p (varrimento progressivo) começam no 24p (muito parecido com a cadência cinematográfica), 25p, 30p, 50p e 60p. Para o sistema entrelaçado, o 1080i, as taxas de renovação são 25i, 30i, 50i e 60i. Tanto o 720p como o 1080i são melhores que os anteriores sistemas.
O sistema HDV (High Definition Vídeo/Vídeo de Alta Definição) utiliza os suportes de gravação MiniDV e MiniDVCAM para gravar HD com uma taxa de gravação de 25Mbps com compressão MPEG-2. Muitos fabricantes adoptaram o HDV em substituição do mais limitado SD DV, tornando-o assim acessível ao consumidor comum.
Tradução livre de: http://www.sonyhdvinfo.com/article.php?filename=High-Definition-vs-Standard-Definition , em 5.4.2007.
[1] Pixel (aglutinação de Picture e Element, ou seja, elemento da imagem, sendo Pix a abreviatura em inglês para Picture) é o menor elemento num dispositivo de exibição (como por exemplo um monitor), ao qual é possível atribuir-se uma cor. De uma forma mais simples, um pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital, sendo que o conjunto de milhares de pixeis formam a imagem inteira.
Num monitor colorido cada Pixel é composto por um conjunto de 3 pontos: verde, vermelho e azul. Cada um destes pontos é capaz de exibir 256 tonalidades diferentes (o equivalente a 8 bits) e combinando tonalidades dos três pontos é possível exibir em torno de 16 milhões de cores diferentes. Em resolução de 640 x 480 temos 307 mil pixeis, a 800 x 600 temos 480 mil, a 1024 x 768 temos 786 mil e assim por diante.
Resumindo: O Pixel é a menor unidade de uma Imagem, e quanto maior for o número de pixeis, melhor a resolução que a imagem terá, em caso de Imagens de Satélites, temos na maioria das vezes imagens não coloridas, elas são colhidas e mostradas em tons de cinza, a quantidade desses tons de cinza de cada imagem é denominada de BITS, sempre demonstrados em potência de 2, ou seja, uma imagem com oito bits, por exemplo, refere-se a 2 na potência 8, ou seja, 256 tons de cinza, e estes tons de cinza variam entre o branco e o preto.
In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pixel
TV Digital e HDTV
As redes de Televisão por cabo podem, em tese, transportar de 116 a 158 canais analógicos. Este número é sempre menor, porque existem interferências dos canais abertos e outras frequências que "viajam" pelo ar. Assim, os operadores não têm espaço suficiente para oferecer tantas opções e pacotes aos seus assinantes.
A TV digital trabalha com a compactação de dados, permitindo que mais canais possam ser transmitidos para os assinantes, servindo-se de apenas uma frequência analógica. Em média, cabem de 5 a 7 canais de definição-padrão (SDTV) num canal analógico.
Quando um canal analógico “se transforma” em digital, tem a capacidade de transferir 27 Mbps. (megabytes por segundo) de dados (vídeo, áudio e conteúdo interactivo). O operador é que decide como utilizá-lo: com seis canais, cada um fica com 4.5 Mbps., em média.
Algumas referências: o vídeo de DVD possui entre 5 a 10 Mbps., um vídeo comum de "banda-larga" na Internet, possui 0.2 Mbps. Em canais HDTV, a taxa de transmissão é muito maior, e ocupa totalmente os 27 Mbps. Disponíveis da frequência analógica. O tamanho da imagem, em pixeis, também é maior. Um canal SDTV é transmitido em 720 por 576 pixeis, no sistema PAL. O sinal HDTV tem 1920 por 1080 pixeis. É desta medida de altura, que sai a definição da imagem: 576, 720, 1080 (nas variantes "p", de progressivo ou "i", de entrelaçado). Quanto maior a definição, mais cristalina fica a imagem e com menos defeitos (ver imagem 576 e 1080).
Actualmente, as transmissões digitais (via cabo ou satélite) são feitas no formato MPEG-2 (semelhante ao DVD). A TV digital de sinal aberto deverá vir a utilizar o MPEG-4 ou H.264, que permite uma qualidade de imagem similar ao MPEG-2, servindo-se de menos "espaço" na frequência. Isto significa que um vídeo em MPEG-4 de 5 Mbps., por exemplo, tem melhor imagem do que um vídeo em MPEG-2 com os mesmos 5 Mbps.
A Internet deverá, também, vir a utilizar o formato de compressão MPEG-4, para os serviços HDTV. Não obstante, as soluções tecnológicas não param de surpreender pela velocidade com que vão aparecendo no mercado, pelo que, em breve, deveremos estar a falar de outros formatos e outras soluções, sempre com vista a aumentar a qualidade final e diminuir o “espaço”.
terça-feira, 9 de outubro de 2007
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Como funcionam as máquinas fotográficas digitais
O megapixel é um indicador do tamanho das fotos conseguido por determinada máquina. Regra geral, mais megapixeis equivalem a uma etiqueta de preço mais elevada. O megapixel (um milhão de pixeis) refere-se ao número de sensores luminosos do CCD (charge coupled device). É uma unidade de medida da resolução do CCD. Quanto mais sensores, maiores as imagens que se podem captar. Se pretender apenas algumas fotos para colocar num website ou para enviar para os amigos por e-mail, então tudo o que precisa é de uma máquina básica ou compacta. Estes equipamentos produzem ficheiros de imagem com cerca de 1280x960 pixeis, o que é óptimo para a Internet, mas demasiado pequeno para fotos impressas de boa qualidade. Para fotos de qualidade razoável, vai precisar de uma máquina fotográfica com um CCD de dois a três megapixeis. Esta irá produzir imagens com cerca de 2048x1536 pixeis, o que é suficiente para imprimir no formato de 10x15 cm. Um fotógrafo mais experiente deverá procurar uma máquina fotográfica mais poderosa, ou seja, uma máquina com pelo menos sete megapixeis. Uma imagem com 2560x1920 pixeis pode ser impressa no formato 15x20 cm sem perda de qualidade.
Sensor de imagem
No coração de todas as máquinas fotográficas digitais está um sensor de imagem, ou sensor de luz. Existem dois tipos principais de sensor. Máquinas com sensores CMOS (complementary metal-oxide semiconductor) geralmente de fabrico mais barato. A maior parte das máquinas digitais possuem um CCD, ou (charge coupled device), que consiste numa rede de milhões de minúsculas células de silício. Uma vez que cada célula apenas é sensível à luminosidade, cada uma delas é revestida de filtros vermelhos, verdes e azuis para poder detectar as cores. Recentemente, foi desenvolvido um novo tipo de sensor baseado na tecnologia CMOS, que consegue três vezes a resolução de um CCD convencional, o sensor Foveon X3.
Ecrã LCD
Outra característica comum das máquinas fotográficas digitais é o ecrã LCD, que podes usar para visualizar as suas fotografias e navegar nos menus da máquina. No entanto, persistem alguns problemas que a engenharia tem ainda de ultrapassar. Um deles é a dificuldade em ver as imagens no ecrã quando sobre este incide a luz solar. Para combater este problema, alguns fabricantes incorporaram nos dispositivos um sistema de ajuste de luminosidade, o que teve um êxito limitado. Outro problema é que os ecrãs LCD são grandes consumidores de energia. Na realidade, é o ecrã LCD que torna as máquinas fotográficas digitais tão exigente no que toca à bateria. Algumas inovações deverão, no futuro, minorar e resolver estes problemas. Tenha em mente que, quanto mais elevada for a resolução do LCD, mais fácil será verificar se a sua fotografia está bem focada. Qualquer resolução acima de 130.000 pixeis é razoável.
Flash
Os flashs incorporados na maioria das máquinas são extremamente limitados e tornam-se virtualmente inúteis para iluminar seja o que for que esteja situado a mais de 3 metros de distância. Infelizmente, só algumas máquinas de topo de gama possuem os encaixes ou sockets para adaptar flashs externos mais poderosos, o que faz com que estejamos limitados ao flash já existente. Assim, na altura de comprar a sua máquina, é importante verificar qual a categoria do flash no manual ou, melhor ainda, experimentar a máquina na própria loja.
Objectivas zoom
Muitas das actuais máquinas fotográficas digitais possuem pequenas mas potentes lentes zoom, capazes de “rivalizar” com as volumosas lentes das máquinas SRL (single lens reflex) de película. A maior parte das máquinas digitais é caracterizada pela sua ampliação máxima - a média é um zoom 3x, embora certas máquinas incluam um zoom com uma ampliação até 10x, digital. É importante fazer a distinção entre zoom óptico e zoom digital. O primeiro refere-se à ampliação da lente (ampliação óptica), enquanto o segundo diz respeito a um processo pelo qual a parte central da imagem é aumentada electronicamente (ampliação digital). Uma vez que o zoom digital diminui a qualidade da imagem, é melhor evitá-lo (a imagem parece maior, mas o número de pixeis é igual).
Armazenamento e Memória
À excepção das mais básicas, todas as máquinas digitais têm algum tipo de sistema de armazenamento amovível. A maioria usa os pequenos e sólidos cartões de memória flash. Existem vários tipos de cartões disponíveis no mercado. Os cartões CompactFlash são os mais comuns, estão disponíveis em capacidades de vários GB e são muito duradouros e fiáveis. Muitas das máquinas que aceitam cartões CompactFlash também são compatíveis com Microdrives IBM, um pequeno disco rígido de armazenamento extra. O SmartMedia é outro formato também muito utilizado. Estes cartões são mais frágeis que os do tipo CompactFlash. Os cartões SecureDigital (ou SD) é, de um modo geral, mais caro que os restantes. O formato Memory Stick é um formato proprietário da Sony, embora outros fabricantes estejam actualmente a iniciar a produção de cartões do género do Memory Stick. Como acontece com todas as tecnologias, os preços parecem ter tendência a baixar à medida que as capacidades aumentam.
Bateria
As máquinas fotográficas digitais são autênticas devoradoras de energia, pelo que gastar algum dinheiro em pilhas recarregáveis pode revelar-se um bom investimento. Existem vários tipos de pilhas recarregáveis disponíveis no mercado, incluindo as de iões de lítio e as de níquel-cádmio, mas as melhores para máquinas fotográficas digitais são as do tipo Ni-MH (nickel-metal hydride). Um conjunto de boa qualidade com carregador incluído poderá custar cerca de 20 euros, sendo que as pilhas podem ser carregadas até aproximadamente mil vezes. Devido ao apetite por energia das máquinas fotográficas digitais, é absolutamente imperativo ter sempre à mão um conjunto suplente de baterias quando vai fotografar, já aconteceu perderem-se fotos promissoras por causa de baterias descarregadas; assegure-se por isso de que não é apanhado nessa armadilha.
Como obter uma impressão de qualidade?
O segredo para obter fotos impressas de boa qualidade é a preparação. Os resultados são garantidos... Ao passar uma fotografia da sua máquina fotográfica para o computador verá que a imagem é um ficheiro JPEG a 72ppp. Isso significa que existem 72 pixeis por cada polegada de imagem. O ecrã de um monitor de 17 polegadas mede aproximadamente 14x11 polegadas. Se estiver configurado a 1024x768 pixeis, como acontece na maioria dos casos, pode fazer as contas e verificar que a resolução do seu visor é de 72 pixeis por polegada. É esta a resolução a que a maioria dos monitores dos computadores funciona, por isso faz sentido exibir as suas fotografias do mesmo modo. Embora uma resolução de 72ppp possa parecer muito, o certo é que o olho humano tem capacidade para ir muito mais além. Se reparar na sua impressora, verá que esta imprime a 1200ppp, possivelmente até mais. Na verdade, na maioria dos casos isto é muito mais do que o suficiente. Aos nossos olhos, uma impressão fotográfica a 300ppp parecerá uma imagem lisa e isenta de grão. Os 300ppp são um standard na impressão industrial, havendo muito poucos ganhos na qualidade da imagem com o uso de resoluções mais elevadas. Afinal de contas, o que quer tudo isto dizer? Basicamente, precisa de saber o que pretende fazer com as suas fotografias, a fim de que possa ajustar a resolução das mesmas. Se vai arquivá-las, o melhor é fazê-lo tal qual como elas vieram da máquina fotográfica. Assim retém a maior resolução que a imagem suporta, permitindo que o original seja redimensionado, reeditado e reutilizado sem perda de qualidade. Para imprimir, ajusta a resolução para 300ppp (num programa de edição de imagem), para determinar a maior e mais adequada dimensão de impressão da imagem.
A câmara digital é o exemplo perfeito de um dispositivo em que o todo vale mais do que a soma das partes
1. Monitor LCD: Qualquer câmara digital que se preze tem um monitor LCD, que lhe permite ver instantaneamente as suas imagens.
2. CCD: O CCD substitui a emulsão fotossensível (filme fotográfico) de uma câmara tradicional. Dependendo do tipo, a luz atinge o sensor após passar por três filtros: um vermelho, um verde e um azul.
3. Memória: As câmaras utilizam uma vastíssima matriz de cartões de memória para armazenar as fotografias, mas os formatos mais comuns são os cartões MMC e Compact Flash.
4. Objectiva: Os comprimentos focais das câmaras digitais são diferentes das objectivas padrão de 35 mm, já que a área do CCD é menor. Embora algumas sejam intermutáveis, as respectivas propriedades diferem quando colocadas numa câmara digital.
5. Filtros: Podem ser utilizados filtros balancear os brancos, para remoção de brilho, para alterar a cor de uma imagem, adicionar efeitos de focos suaves, entre outros.
Exposição
O sensor existente no centro de uma câmara digital funciona com base na avaliação da quantidade de luz recebida através das lentes. Se deixar entrar demasiada luz, obterá uma imagem demasiado clara ou com excesso de exposição. Para controlar esta situação, a câmara dispõe de um obturador que permite controlar a entrada de luz enquanto faz a fotografia (velocidade da exposição).
Se estiver a fazer uma fotografia à luz do sol, eventualmente irá escolher uma velocidade rápida do obturador, por exemplo, apenas um milésimo de segundo (1/1000s). Existe, no entanto, tanta luz que, mesmo assim, irá obter uma imagem bem exposta. Por outro lado, se fizer a fotografia no escuro, é conveniente escolher uma velocidade lenta do obturador, eventualmente um segundo. Isto dá-lhe tempo para que a câmara capte mais luz e, assim, forneça uma imagem com luz suficiente mas, qualquer movimento provoca “arrasto”.
O controlo do obturador também o ajuda a captar movimento numa fotografia. Com velocidades mais elevadas, é possível tirar fotografias a objectos em movimento rápido e mantê-las nítidas. No entanto, as velocidades mais lentas do obturador tendem a produzir imagens mais baças e tremidas.
A utilização exclusiva do obturador restringe o leque de operações que o utilizador pode executar, motivo pelo qual as câmaras vêm acompanhadas de um segundo método de controlo da luz: o diafragma (que controla a abertura). Esta é formada por um anel de lâminas sobrepostas que são montadas na própria objectiva e que se juntam para formar a abertura pela qual a luz passa para o sensor. Quanto maior for a abertura, mais luz atravessa o sensor e mais clara será a imagem.
A alteração da abertura produz outro efeito menos óbvio. As aberturas menores aumentam a profundidade do campo[1] da sua foto, enquanto as aberturas maiores o diminuem. Trata-se de um controlo importante em termos criativos, mas, como não existe o mesmo número de opções em todas as câmaras, convém verificar este aspecto antes de comprar a câmara. É comum empregar-se a terminologia ‘f-stop’, algo como ‘f/2.8’, ou ‘f/11’. À medida que o valor de f/stop aumenta, a abertura diminui.
Concluindo
Junte todas estas considerações e verá como as câmaras digitais se assemelham às respectivas primas de 35 mm. Existe uma objectiva para focar a imagem, um obturador que controla o tempo durante o qual a luz deve entrar na câmara e uma abertura para limitar a quantidade de luz.
Internamente, o quadro complica-se. A luz atinge milhões de diodos fotossensíveis num sensor no estado sólido. Estas células fotoeléctricas convertem a luz recebida em carga eléctrica; quanto mais luz houver, maior será a carga. Esta informação é, depois, convertida em valores digitais que definem o brilho e a cor de cada pixel da imagem. Em seguida, é passada para o CPU da câmara, que pode executar outras operações anteriormente solicitadas nos menus: aumento da nitidez, uniformização, alteração do brilho ou contraste e armazenamento no ficheiro de imagens.
Muitas das características das câmaras apoiam-se no CPU para funcionarem. Tomemos essas definições de abertura e velocidade do obturador como exemplo. Tenha em consideração que a combinação ideal é difícil de obter, mesmo pelos fotógrafos mais experientes, embora muitas das câmaras mais comuns o possam fazer automaticamente.
O segredo? Um bom algoritmo de medição. A sua câmara pode olhar para o centro da imagem, por exemplo, baseando-se no pressuposto de que vai incluir o assunto principal. Regule a abertura e a velocidade do obturador de acordo com essa parte da imagem e é bem provável que nada mais tenha de fazer. Se não for esse o caso, muitas das melhores câmaras incluem uma grande variedade de métodos de medição, como a matriz ou o peso centralizado.
Tal como nestas funções baseadas no CPU, o método preciso varia de acordo com a câmara. Assim, se quiser saber mais, consulte o manual. Certos fabricantes também dispõem de informações técnicas on-line interessantes e não é preciso comprar uma das câmaras feitas por eles para usufruir delas. Se quiser explorar mais este assunto, não há melhores sítios para começar do que o Kodak Digital Learning Centre (www.kodak.com/US/en/digital/dlc) e o Agfanet Photo Guide (www.agfanet.com/en/cafe/photocourse).
Pequeno glossário
Lente esférica
Em vez de um arco uniforme e contínuo, uma lente esférica altera a forma na superfície. Quando correctamente utilizada, corrige a distorção, reduz o brilho excessivo e melhora a qualidade da imagem.
Profundidade de campo
A área de uma foto, entre o primeiro plano e o plano de fundo, está dentro do foco. Se a sua foto de uma rua de Lisboa cheia de pessoas mostrar a maioria dos carros e transeuntes no foco, diz-se que tem uma grande profundidade de campo. Se a sua foto escolher uma pessoa entre a multidão e esta parecer desfocada, terá pouca profundidade de campo.
f-stop
Valor que representa o tamanho da abertura na câmara. Já alguma vez pensou como é apurado este valor? É surpreendentemente simples: basta dividir o comprimento focal da objectiva pelo diâmetro da abertura. Assim, no mundo dos 35 mm, se tiver uma objectiva de 55 mm e utilizar uma abertura de 5 mm, obterá um valor de f-stop igual a f/11.
Teleobjectiva
Uma objectiva com um comprimento focal superior a 65 mm.
Sensibilidade
A sensibilidade do filme fotográfico tradicional à luz é medida em números do ISO (International Standards Organization) como 100, 200, 400, etc. Os valores mais altos representam uma maior sensibilidade à luz e, por isso, são mais aconselháveis para fotografar no escuro. Os fabricantes citam frequentemente “Equivalentes ISO” para as respectivas câmaras digitais – opte pela gama de valores mais alargada.
Objectiva de grande-angular
Uma objectiva com um comprimento focal inferior a 35 mm.
Intervalo do obturador
O tempo decorrido desde que se prime o botão de libertação do obturador até ocorrer o registo real da fotografia pela câmara. Este pode variar imenso de câmara para câmara, já que depende do trabalho executado pelo CPU: o ajuste do foco, a velocidade do obturador, a abertura, etc.
TTL
Through the Lens (Através da Lente), um termo utilizado no que respeita aos sistemas de medição ou autofoco que fazem a amostragem da luz através da objectiva da câmara.
Viewfinder (Visor)
O ecrã de pré-visualização LCD de uma câmara digital facilita o enquadramento das fotografias, mas, infelizmente, também consome rapidamente as baterias. Como alternativa, pode utilizar o Viewfinder (uma janela óptica que tem como fim a composição da cena) mas, por vezes, este traz alguns problemas. Regra geral, a imagem obtida através do Viewfinder não é apresentada exactamente como a câmara a capta, por estar deslocada na horizontal ou na vertical, ou porque só aparece uma parte (90 por cento, mais ou menos) daquilo que a câmara vê, o chamado “erro de paralaxe”.
Luz - Cor - Tinta
Goethe
A película de tinta depositada sobre um suporte resulta na cor, intensidade è brilho da imagem.
A relação tinta/papel abrange uma série de aspectos que devem ser cuidados para que seja obtido um resultado harmonioso.
ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
A luz é constituída de ondas electromagnéticas. Pertencem à família das ondas electromagnéticas, além da luz, também a corrente eléctrica, ondas de rádio e televisão, os raios alfa e as radiações cósmicas.
0 comprimento de onda das oscilações electromagnéticas varia entre 1000 quilómetros e fracções de mícron (micrómetros). As oscilações das ondas electromagnéticas visíveis, portanto a luz, variam de comprimento entre 400 e 700 nm (nanómetros).
A luz branca compõe-se de oscilações electromagnéticas de diferentes comprimentos de onda, perceptíveis ao olho, como cores distintas.
Na luz branca estão contidas todas as cores visíveis, portanto a cor é apenas uma parte da luz branca. Mediante a refracção da luz branca em um prisma de cristal se produz o espectro. 0 espectro é a separação das radiações contidas na luz; sua ordem é sistemática, segundo o comprimento de onda.
Diferentes longitudes de ondas.
As cores do espectro são azul-violeta, azul-ciano, verde, amarelo, vermelho-laranja e vermelho. As cores de um só comprimento de onda se chamam monocromáticas. 0 magenta não está contido no espectro devido ao fato de não ser monocromática. Obtém-se o magenta sobrepondo-se a projecção dos extremos, ou seja, o vermelho-laranja e o azul-violeta.
Passagem da luz branca através de um prisma, sua decomposiçãoe projecção sobre uma tela branca.
TEMPERATURA DE COR E ANÁLISE ESPECTRAL
As radiações visíveis, materiais incandescentes ou combustíveis podem se decompor em espectro. Cada matéria produz uma curva de emissão característica. Com esta curva faz-se a análise espectral. 0 corpo negro é um corpo oco que emite oscilações electromagnéticas visíveis, através de uma abertura, mediante aquecimento.
A cor de uma luz pode ser designada indicando-se a temperatura do corpo negro. Graus Kelvin é uma escala que corresponde a Celsius, porém, começando do ponto zero absoluto, isto é, menos 273 °C.
O CORPO NEGRO
Em uma temperatura de cor entre 5.000 e 3.500 espectrais, o espectro está mais ou menos nivelado em todas as zonas espectrais.
Acima desta temperatura de cor aumenta a irradiação das ondas curtas violeta de maneira que exista predominância nas irradiações das ondas compridas.
NATUREZA DA LUZ EMITIDA
Duas noções estão diferentemente ligadas à emissão da luz:
a) Composição espectral da luz - o espectro emitido por uma fonte de luz determinada é a série das cores obtidas analisando-se a luz em suas diferentes longitudes, por meio de um prisma ou uma rede de difracção.
b) Temperatura da cor - toda a radiação luminosa que se encontra com um objecto dá lugar a um intercâmbio de energia com ele.
Isto quer dizer que a energia radiante é absorvida e reemitida pelo objecto iluminado. Por regra geral, uma primeira parte dos raios luminosos incidentes é reflectida pela superfície dos corpos que se encontram, uma segunda parte é absorvida na massa dos mesmos e uma terceira parte é transmitida.
Nos corpos de grande densidade óptica esta etapa é praticamente nula e a luz não é totalmente absorvida.
Por exemplo, uma superfície metálica, perfeitamente polida tem um poder de absorção bastante reduzido, contrariamente às superfícies mates, sobretudo as superfícies chamadas negras, que têm um poder reflector reduzido e um grande poder de absorção. Um corpo negro absoluto absorve totalmente todas as radiações visíveis e invisíveis, pois seu poder reflector é nulo.
Devemos contudo afirmar que se trata de um caso, ou exemplo, ideal que não existe na natureza. 0 corpo negro absoluto é hipotético e chama-se, simplesmente, Corpo Negro.
Possui, assim mesmo, a propriedade de reemitir uma radiação máxima quando se esquenta. Isto leva à definição: "Temperatura de cor de uma fonte de luz é a temperatura absoluta, expressa em graus Kelvin (°K), na qual, a luz absorvida por um corpo negro tem a mesma composição espectral que a fonte de luz em questão". Recordemos que a temperatura em graus Kelvin é igual a do Celsius aumentada em 273.
Observações Gerais:
Tudo o que percebemos com a visão é luz, em fotografia podemos distinguir entre os corpos luminosos e corpos iluminados.
Pertencem à categoria de corpos luminosos o sol, as lâmpadas, uma vela acesa etc. A luz que chega sobre um objecto será reflectida parcialmente por esse corpo e parcialmente, absorvida e, em outros casos, atravessará quando esse corpo for transparente.
ÓPTICA GEOMÉTRICA
Ao caminho percorrido pela luz chamamos raio de luz. Um raio e a direcção de propagação de uma vibração.
Na prática não tratamos como um raio de luz senão como um facho de luz.
Denominamos óptica Geométrica a conduta dos raios de luz com o qual se estuda os raios como fenómenos de movimentos rectilíneos.
LUZ COMO ENERGIA
0 fenómeno luz foi explicado separadamente por dois cientistas, ao redor de 1700. Newton supunha que a partir de um objecto luminoso fluía uma matéria finíssima composta por partes concretas e em movimento rectilíneo. A esta teoria se opôs Christian Huygens que considerou um fenómeno de ondas. Segundo esta teoria, tomam lugar movimentos de partículas de éter em forma de ondas. Uma fonte de luz produz no éter uma vibração, uma linha sinuosa do mesmo modo que a superfície da água pode entrar em vibração, ao cair nela uma pedra. Depois de uma luta de anos, tanto Newton como Huygens tinham razão.
NOÇÕES DE COR
A vista humana pode diferenciar cerca de 10.000 tonalidades de cor e cerca de uma centena de grises entre o preto e o branco. 0 órgão da visão consta de globo ocular e nervo óptico que têm por missão recolher informações ópticas e remetê-las ao cérebro.
A matéria em si é acromática. As sensações cromáticas se produzem como resultado de um processo fisiológico dentro do indivíduo.
0 QUE É A COR?
A palavra cor pode ter diversos significados. Pode expressar: - propriedade da matéria de reflectir ou absorver diferente mente a luz;
- diferente composição espectral de emissões;
- as oscilações electromagnéticas visíveis que chegam ao olho, ou seja, o estímulo cromático;
- a sensação cromática produzida no cérebro;
- tintas e materiais corantes;
- parte da luz branca. Construção da câmara ocular humana.
A matéria tem propriedade de absorver uma parte da luz branca incidente e reflectir ou deixar passar outra parte. Cor é, portanto, "parte da luz branca". A sensação de cor se produz no cérebro mediante estímulos cromativos distintos, ou seja, mediante oscilações nervosas da retina.
0 branco representa a tonalidade dos raios de luz visíveis. 0 preto significa a ausência de luz visível.
LUZ E PIGMENTO
SÍNTESE ADITIVA
0 ponto inicial da síntese aditiva é o preto - este correspondente à não existência de oscilações electromagnéticas visíveis. 0 ponto final da síntese aditiva é o branco; correspondente à soma de todas as cores. As cores da síntese aditiva são verde, violeta e o vermelho. Projectando duas cores primárias aditivas sobrepostas, produz-se o tom de uma cor primária subtractiva. A mistura aditiva do vermelho e verde dá o amarelo; o verde e o violeta dão o ciano; o violeta e vermelho dão o magenta. A mescla aditiva das três cores primárias aditivas dá o branco.
Resultado da mistura das três cores-luz (síntese aditiva).
RESUMO DE SÍNTESE DAS LUZES PRIMÁRIAS
SÍNTESE SUBTRATIVA
0 ponto inicial na formação da cor mediante subtracção é o branco, representando todas as oscilações electromagnéticas visíveis. 0 ponto final da mescla subtractiva é o preto. 0 preto se produz quando se absorvem todos os raios de luz por cores sólidas.
Resultado da mistura das três cores-pigmento(síntese subtractiva).
As cores básicas da síntese subtractiva são ciano, amarelo e magenta. A mistura subtractiva de amarelo e magenta, dá o vermelho; do magenta e do ciano dá o violeta; e do ciano e amarelo dá o verde. Aplicando as três cores básicas subtractivas transparentes, uma em cima da outra, como camadas de cor saturadas, produz-se, hipoteticamente, o preto. Magenta é o nome internacionalmente adoptado para indicar uma cor púrpura que não se encontra no espectro da luz branca. 0 magenta resulta da mescla do espectro, isto é, o violeta e o vermelho.
Na disposição ordenada das cores-base e de seus compostos binários, os quais dividem o círculo em três, seis, doze... sectores de tons. A ordem de sucessão é a mesma do espectro.
A união entre os extremos do espectro vermelho e do violeta se produz com inserção do magenta, o qual, em síntese, tem precisamente origem na mistura da luz vermelha com o violeta. (veja ao final deste livro, página 242, ilustração representando as cores primárias subtractivas, pigmentos e cores.)
CORES COMPLEMENTARES
As luzes cromáticas que se complementam reciprocamente tornando-se acromáticas ou o branco são chamadas complementares. As cores-pigmento que se complementam mutuamente tornam-se cromáticas, isto é, formam o preto, constituindo-se as complementares. As cores complementares situam-se opostas dentro do círculo de cores.
CROMÁTICA
Chama-se cromática a parte da teoria da cor que estuda o modo de individualizar e classificar as cores. Os diversos aspectos da modulação de uma cor são indicados com os termos correspondentes às três constantes de todas as nossas sensações de cor:
- o tom da cor (azul, verde, laranja etc.);
- a saturação (variação para o claro);
- a luminosidade (variação para o escuro).
TomAs cores-base e as compostas se chamam tons (azul, verde, laranja, vermelho....) Tom e variação qualitativa de cor e tal conceito está ligado directamente ao comprimento de onda da sua radiação.
SATURAÇÃO DE COR
Saturação óptima de cor obtém-se quando sua zona de absorção absorve a maior quantidade possível de oscilações incidentes e quando em zona de reemissão emite maior quantidade possível. Se uma cor transparente não está saturada plenamente, aparece esbranquiçada. Se, pelo contrário, está acima do ponto de saturação, aparece mais enegrecida. A saturação cromática é controlável pelo densitómetro. Uma cor tem a máxima saturação, isto é, a máxima força pureza, quando correspondente ao próprio comprimento de onda determinado no espectro electromagnético e não tem absolutamente nada de branco nem preto. A saturação varia em relação à qualidade de branco acrescentado ao tom.
LUMINOSIDADE
Toda cor-pigmento esteja saturada ou não, tem uma determinada capacidade de reflectir a luz branca que incide sobre ela. A esta capacidade denominamos de "luminosidade de um tom".
TINTAS E COR
Uma tinta é constituída basicamente de dois elementos principais: o pigmento e o aglutinante ou base. A base é o elemento de ligação e fixação das partículas de pigmento; geralmente são usados vernizes, plásticos ou óleos. Os pigmentos determinam a cor da tinta. São materiais coloridos que, moídos, se misturam como líquidos de fixação (base) para formar tinta. Podem ser solúveis (anilinas) ou sólidos. Os pigmentos sólidos ficam em suspensão na base, formando, normalmente, as tintas opacas. Os pigmentos classificam-se, segundo sua origem, em minerais orgânicos e inorgânicos.
CARACTERÍSTICAS A CONSIDERAR NAS TINTAS
- intensidade relacionada com o espectro;
- resistência à acção de agentes químicos e físicos (luz, álcalis, vernizes, parafina etc.);
- possibilidade de se misturar outras cores sem se alterar.
QUALIDADES DAS TINTAS
- cobertura por intensidade;
- capacidade por espessura;
- transparência;
- secagem;
- aderência e viscosidade.
As cores indispensáveis e suficientes para qualquer trabalho em cores são azul, amarelo, magenta e preto. Com estas quatro, fazendo a mistura adequada, consegue-se qualquer cor (ver teoria da mistura subtractiva). A composição química, consistência das tinta, deve satisfazer os requisitos dos sistemas de impressão.
Normalmente as tintas são fornecidas prontas para uso, não devendo receber aditivos. Na prática, quando se abre a lata de tinta, a mesma está muito rígida e o impressor é levado a pensar que é preciso dissolve-la, mas isso é um erro primário e explicaremos por quê. A tinta quando em estado de repouso altera a sua estrutura, tornando-se mais rígida. Esse endurecimento vai se acentuando com o tempo (tixotropia). Posta em movimento, quando se mistura mesmo com a espátula ou no tinteiro da máquina, volta à sua consistência original, que é indicada para impressão. Em alguns casos, a tinta deve ser modificada na sua estrutura, mas sempre com aditivos neutros e em proporções moderadas. Essa mudança de estrutura da tinta é chamada tixotropia. Ao se abrir uma lata de tinta transparente, sua cor nos aparecerá mais escura do que quando impressa e as tintas opacas apresentam-se de cor aproximada. A qualidade e a tonalidade do papel influenciam grandemente no resultado da impressão. A cor e a intensidade de uma tinta só podem ser avaliadas perfeitamente quando impressas.
ORIGEM DA TINTA
Seiscentos anos antes que Gutenberg inventasse os tipos móveis, os chineses já dominavam as técnicas para a fabricação de tintas. A receita básica era constituída de negro de fumo somado a uma mistura de cola e água ou óleo de linhaça. Assim como o papel, também inventado pelos chineses, as tintas foram aperfeiçoadas com o passar dos anos.
A qualidade do produto foi melhorada com a adição de substâncias vegetais, minerais e pastas bases. Mas foi somente com a descoberta dos pigmentos, derivados do alcatrão de hulha, que a revolução das cores se tornou viável.
0 óleo de linhaça que compunha a fórmula original cedeu lugar aos óleos sintéticos. Esta modificação facilitou a secagem. A estabilidade das tintas foi melhorada com a introdução gradual de resinas à receita original. Hoje, a indústria produz tintas que imprimem a secagem com maior velocidade, tintas que secam por evaporação (tipo heat-set) ou por acção de ultravioleta.
COMPOSIÇÃO
As tintas gráficas são definidas como substâncias que servem para imprimir. São obtidas a partir de uma mistura de pigmentos - naturais ou químicos - com vernizes e produtos auxiliares como secantes e cargas que associam à fórmula. A mistura é uma fase muito importante no processo; os ingredientes sólidos devem ser moídos ou completamente dispersados no veículo (o verniz). Este tipo de mistura requer uma dispersão profunda, realizada nos misturadores por agitação e em moinhos triciliindricos. Em termos gerais, dizemos que uma tinta é constituída essencialmente por dois elementos básicos, a formulação das tintas abrange substâncias que conferem características específicas. Pasta amaciadora, pasta anti-tack, secantes, solventes e outros aditivos incrementam o desempenho das tintas. Em função do tipo de trabalho, papel empregado, máquina utilizada ou destino do impresso é escolhida a tinta de características mais adequadas.
PIGMENTOS
Os pigmentos são materiais corantes sólidos que tingem o verniz e fornecem sua cor particular. Um pigmento de boa qualidade deve possuir alto poder tintorial, isto é, conseguir forte intensidade de tom com a menor quantidade possível. Além disto, os tons devem ser reproduzidos em cores limpas e uniformes. Devem ser molhados pelo veículo (verniz) para possibilitar um produto o mais homogéneo possível. Suas partículas devem ser pequenas e não abrasivas, o que incorreria num efeito acentuado que poderia apagar a imagem da chapa. De acordo com sua origem os pigmentos naturais são, em sua maioria, extraídos de rochas. Possuem boa resistência à luz, produzem tintas com características de escoamento e são geralmente opacos. Em contraposição, alguns são constituídos por partículas grandes e abrasivas, possuem densidade e pouco poder tintorial. A maioria destes pigmentos é branca, tais como sulfato de bário ou cálcio. Os pigmentos pretos resultam da calcinação de matérias animais e vegetais. Os corantes desta tonalidade também podem ser obtidos sinteticamente pela combustão incompleta de substâncias líquidas ou gasosas. 0 negro de fumo, uma forma de carvão produzido pela combustão de diferentes líquidos, é um exemplo. Os pigmentos inorgânicos ou minerais são obtidos através de reacções químicas e classificados em brancos, amarelos, azuis ou verdes, dependendo de sua origem. Os pigmentos orgânicos apresentam estrutura molecular relativamente complexa e têm como origem as matérias-primas extraídas pela destilação do carvão de pedra. As tintas para impressão são geralmente fabricadas com pigmentos orgânicos que apresentam maior poder tintorial, densidade mais baixa e maior afinidade com solventes orgânicos que os pigmentos minerais. Entre os mais utilizados destacam-se os corantes azóicos (amarelos, alaranjados e vermelhos) e também os azuis e verdes, derivados da ftalocianina.
VEÍCULOS
A parte da tinta onde os pigmentos, secantes e modificados estão dissolvidos ou em suspensão é conhecida como veículo. Sua principal função é ajudar no transporte do pigmento através dos rolos até o papel, provocando, ao se secar, a adesão do pigmento na forma de uma película sólida. 0 veículo é constituído por um ou mais vernizes, acrescido ou não de solventes, conforme a tinta. Os vernizes são constituídos por óleo secante cozido, óleo com resina ou solvente com resina. Praticamente quase todos os vernizes contam com óleos secantes em sua formulação: estas substâncias têm a capacidade de formar uma película rígida quando secas. 0 veículo é composto por óleos penetrantes derivados do petróleo, usados em combinação com várias resinas que lhes conferem as características adequadas de mordente e fluidez.
0 verniz da tinta resulta da combinação de resinas naturais, sintéticas, óleos vegetais - de madeira, soja, mamona e linhaça - e óleos minerais obtidos do carvão ou petróleo. A viscosidade do verniz está relacionada a duas variáveis: temperatura e tempo de cozimento. As resinas empregadas em sua composição podem ser secantes, semi-secantes ou não-secantes. Esta graduação resulta das propriedades do verniz, que, em contacto com oxigénio, endurece mais ou menos rápido, formando uma película muito fina. Os óleos secantes mais conhecidos são os de linhaça, tung, mamona desidratado e oiticica. Um bom óleo secante é aquele que possui grande percentagem de moléculas. Existem vernizes de categoria superior que são obtidos pela dissolução de resinas naturais ou sintéticas. A partir daí são obtidos vernizes sintéticos com excelentes características de secagem e brilho, como no caso das resinas alquídias usadas, em parte ou totalmente, como veículo em tintas offset e tipográficas. Existem também os vernizes de resina solvente, destinados à secagem rápida. São obtidos pela combinação da própria resina com um solvente de petróleo. Esses vernizes secam também por oxidação e polimerização, mas o principal factor de secagem é a perda do solvente.
GUIA PANTONE DE TONALIDADES
0 QUE É PANTONE?
Trata-se de um catálogo cuidadosamente elaborado contendo 1000 cores impressas em papel cuchê e offset, as quais são obtidas de misturas, partindo de 8 cores básicas. Este processo é largamente utilizado em todo o mundo facilitando a escolha e a padronização de cores.
(Veja ao final deste livro, página 243, ilustração representando o "Guia Pantone".)
PARA QUE SERVE O GUIA PANTONE?
Realmente é um método simples e bastante preciso para se obter a tonalidade desejada. 0 guia deve ser usado em todo o processo do trabalho gráfico, isto é, do artista que desenvolveu e criou o trabalho, ao gráfico que produzirá fielmente as cores indicadas pelo artista. Isto passando pelo fotolito que também terá facilidade na reprodução das cores. As vantagens do guia Pantone são:
1. Uma gama de 1000 cores definidas à escolha do programador visual;
2. Precisão e facilidade na obtenção das tonalidades;
3. Uso internacional, podendo ser indicado em qualquer parte do mundo (PMS);
4. Evita desperdícios em misturas de pequenas quantidades, pois as preparações já estão indicadas no guia.
5. Rapidez na encomenda de tintas.
COMO USAR O GUIA PANTONE?
Uma vez escolhida a tonalidade, esta será sempre indicada através da numeração correspondente aos diversos sectores (programação visual, fotolito, fabricante de tintas, oficina gráfica e controle de qualidade). Quando se tratar de trabalhos cujo uso da tinta escolhida seja em pequena quantidade, a própria oficina ou o fotolito elaborará a tinta através das indicações de mistura do guia. Em se tratando de maiores quantidades de tinta, estas poderão ser solicitadas ao fabricante através da mesma numeração constante no guia.
EM QUE SISTEMA PODEMOS USAR O GUIA PANTONE?
Como o mostruário está impresso em processo offset, esse terá sua utilização básica nesse mesmo sistema (plano ou rotativo). Assim, no offset é possível adquirir as bases para misturas como também solicitá-las previamente misturadas ao fabricante de tintas (esse esquema também é aplicado em tipografia). Nos demais sistemas (Rotogravura, Flexografia, Serigrafia etc.), o guia é utilizado unicamente na escolha da tonalidade e como referencial ao fabricante de tintas. Não poderá ser utilizado em bases miscíveis entre si para obtenção das tonalidades do guia.
Atenção:
Para demais sistemas (Rotogravura papel ou polietileno, flexo papel ou polietileno, serigrafia e outros) apenas dê referências ao código do Guia acrescentando o processo desejado ao fabricante de tintas. Este fará os devidos ajustes para que a tonalidade se aproxime o máximo do padrão solicitado.
0 NOME DAS CORES
Muitos dos que trabalham e mexem com tintas, provas, acerto de cores, já devem ter se perguntado porque o vermelho se chama vermelho, amarelo de amarelo e assim por diante com as demais cores.
Quem inventou esses nomes?
Bem, perdeu-se ao longo dos séculos e está intimamente ligado ao estudo filológico das línguas.
A origem desses nomes remonta, na sua estrutura, do grego, do latim e do árabe, dando origem às línguas latinas, das quais o português é um dos ramos (língua falada "oficialmente" no Brasil desde 1808).
A língua portuguesa formou-se na, Península Ibérica (Espanha, França e Portugal). 0 Homem, naquele tempo, designava as cores conforme o que enxergava à sua frente, com símbolos que lhes fossem familiares.
Dessa maneira, a origem dos nomes das cores é conforme se segue:
· Amarelo - vem do árabe antigo Amirahah, ou homem amarelo, numa alusão aos orientais.
· Vermelho - do latim Vermiculu, cor do sangue.
· Azul - do árabe antigo Azulaih, cor dos céus.
· Violeta - do latim Viola, a flor violeta é a única da família
dos vegetais com essa cor.
· Branco - de origem anglo-saxônica (alemã), Blanck ou Blank, a neve no pico das montanhas.
· Negro - do latim Nigrus ou homem negro.
Mas os colegas das áreas de impressão, Pré-impressão e Desktop Publishing perguntarão como surgiu e por que a designação CMYK.
No final dos anos 50, surgiram os primeiros scanners e computadores. Como eram equipamentos modernos, rápidos, trouxeram também a necessidade de uma terminologia para as cores, que fosse entendida por todos e o que é mais importante, "em todo o mundo". Era o início da globalização da informação.
Para que se tenha uma ideia, o CYAN era, conforme a língua, azul esverdeado, azul-esmeralda, ou ainda, azul-mediterrâneo.
O MAGENTA, era conhecido como púrpura, vermelho purpúreo, rosa-sangue, vermelho azulado, carmim ou carmezim escuro.
Na Dupra de 1960, Feira de Artes Gráficas da Alemanha, ficou estabelecido que teria um concurso internacional aberto a todos os países que quisessem enviar sugestões em suas línguas nativas para os nomes das cores. Porém, a palavra ou sinónimo para a cor deveria seguir com um estudo filológico1 e histórico do termo, sua origem e o porquê do nome.
O Brasil, em 1959, mandou por intermédio da ABTG nomes em tupi-guarani, seguido da Argentina e Paraguai, em guarani, e dos Estados Unidos, que enviaram em língua cherokee para as três cores primárias, e para o preto, a denominação black (escolhida em homenagem ao movimento negro americano).
Após dias de leitura e análise, em comissão aberta, prevaleceram as quatro palavras:
Cyan - De origem grega Kyanós (em português Ciano), que significa o azul esverdeado da costa dos mares da Grécia, palavra citada em vários poemas gregos e na história de Ulisses.
Magenta - De origem italiana, magenta que é a mistura do sangue humano com a neve. Teve origem em um poema em que a última estrofe dizia: "...e todos os campos ficaram cobertos de magenta". Em 4 de Junho de 1859, houve uma batalha sangrenta2 entre franceses e austríacos, da qual praticamente não houve vitoriosos, os corpos ensanguentados dos soldados mortos misturados à neve e sob o reflexo do sol, apresentavam a cor retratada no poema.
Yellow - De origem inglesa (amarelo para nós). A cor mais presente na natureza e a que se mistura com a maior quantidade de outras cores. Prevaleceu, também, pela facilidade da pronúncia, e pela influência do inglês que começava a predominar (1960).
Black - De origem inglesa-americana (preto para o português). Como o amarelo, prevaleceu pela facilidade da pronúncia, influência da língua naqueles anos, e como homenagem ao movimento negro americano, que já, então, arrebatava grandes e apaixonadas opiniões mundiais, tendo à frente o seu líder Martin Luther King Jr.
Adaptado de: http://portaldasartesgraficas.com/artigo_fotografia_digital.htm